quarta-feira, 19 de janeiro de 2011
segunda-feira, 10 de janeiro de 2011
“O PRINCIPEZINHO”
Autor: Antoine Saint-Exupery
Esta história fala de um rapaz muito especial chamado Principezinho.
Quem conta a história é um aviador. O aviador conta que quando tinha seis anos viu num livro uma imagem de uma jibóia a engolir uma fera. Ele desenhou essa imagem num papel e foi perguntar às pessoas grandes se aquele desenho lhes metia medo. As pessoas disseram que não, porque o desenho lhes parecia um chapéu. Ele voltou a fazer o mesmo desenho, só que desta vez desenhou um elefante dentro da jibóia, para explicar que aquilo não era um chapéu. As pessoas, já fartas dos desenhos do rapaz, disseram para ele não desenhar e se dedicar a outras disciplinas. O rapaz viu-se assim obrigado a desistir da sua carreira de pintor. Depois de ter ido aprender Geografia e outros assuntos, foi para aviador e, quando era adulto, voou por grande parte do mundo. Mesmo assim, ele continuava a perguntar às pessoas o que achavam do seu desenho número 1, mas todas lhe diziam que era um chapéu, quer dizer, não percebiam nada do seu desenho. Ele deixou assim de falar de jibóias e passou a falar sobre coisas que os adultos falam, e claro que as pessoas adultas gostavam de conhecer um homem com muito juízo, como ele mostrava ter.
Mas o homem viveu sempre sozinho, nunca tinha tido alguém com quem falar como queria, até o seu avião ter caído no deserto de Saara. Foi aí que conheceu um rapaz loiro com uns olhos lindos, chamado Principezinho. Perguntou-lhe o que é que ele estava ali a fazer no deserto, mas o rapazinho só lhe pedia para ele desenhar uma ovelha. O homem disse que não sabia mas o menino insistiu tanto que ele acabou por fazer muitas tentativas, só que nenhuma era uma ovelha pequena. Por isso, resolveu desenhar uma ovelha dentro de uma caixa e o principezinho adorou.
O aviador não percebia de que planeta é que o Principezinho tinha vindo mas acabou por compreender que ele devia viver num asteróide.
O Principezinho era muito esperto e contou-lhe as suas viagens por vários planetas.
No primeiro planeta vivia um rei. Quando o rei viu o Principezinho ficou contente por finalmente ser rei de alguém. Mas o Principezinho não podia ficar ali, por isso disse adeus e foi-se embora.
No segundo planeta vivia um vaidoso. O vaidoso pensou que o Principezinho era um admirador, mas ele nem sequer sabia o que era isso e continuou viagem.
No terceiro planeta vivia um bêbado. O Principezinho achou estranho ver uma pessoa a beber daquela maneira, e resolveu ir embora.
No quarto planeta vivia um homem de negócios. O Principezinho disse-lhe olá, mas o homem só fazia contas e achava que podia comprar tudo o que havia no mundo.
No quinto planeta vivia um candeeiro e um acendedor de candeeiros. O planeta era tão pequeno que não havia espaço para mais ninguém, por isso Principezinho saltou para outro planeta.
No planeta seguinte vivia um homem idoso, o Geógrafo, que escrevia livros enormes e pensava que o rapaz era um explorador. O Principezinho disse-lhe que não, fez-lhe muitas perguntas mas a resposta era sempre a mesma: “não faço ideia”.
O sétimo e último planeta foi a Terra. Quando lá chegou, o Principezinho encontrou uma serpente, que lhe disse que sabia resolver todos os enigmas. A seguir, encontrou uma flor.
Depois viu uma raposa e teve com ela uma conversa muito interessante. A raposa ensinou ao Principezinho que para ter amigos tinha que prender as pessoas a ele. Falaram de tantas coisas que o Principezinho prendeu-se à raposa e assim ficaram amigos. A raposa explicou-lhe que a flor dele, que vivia no seu planeta, era para ele única no mundo porque gostava dela. Também lhe disse que ele tinha que passar tempo com os seus amigos para que eles se tornassem importantes. A raposa contou-lhe este segredo: “Só se vê bem com o coração. O essencial é invisível para os olhos”. Ela queria dizer que não interessa o aspecto das pessoas e das coisas, o que interessa é o que nós sentimos por elas.
Entretanto, o Principezinho disse ao aviador que tinha caído na Terra já há um ano e que queria ir embora para o seu planeta. O aviador também tinha arranjado o seu avião e já podia partir. Mas estavam os dois tristes porque eram amigos e iam separar-se. Depois, o Principezinho foi mordido por uma serpente e caiu ao chão.
O aviador acha que ele não morreu porque no dia seguinte não encontrou o seu corpo. Mas ficou para sempre com saudades dele e nunca o esqueceu.
Rita Santos, 7ºA
09/12/10
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